terça-feira, 18 de agosto de 2009

O que querem as pessoas comprometidas?
18/08/2009
O mundo gay, se é que existe um que não seja apenas uma parcela do mundo como um todo, é mesmo muito engraçado. Existem regras, não sei se dá para chamar assim, normas de conduta aceitáveis bem diferentes do chamado mundo heterossexual (branco, judaico-cristão, capitalista). São comportamentos que provam à toda hora que o mundo é mesmo feito de escolhas. Existem casais, muitos, que levam o tal do relacionamento aberto, onde não existe cerca para pular, camisa para costurar para fora ou testa para colocar um belo chifre. Não chega a ser normal, mas é comum e eu admiro quem tem a sinceridade de dizer na lata a verdade quando te conhece. E toda bicha pode topar com um deles por aí, a metade de um casal soltinho. Quando rola a sinceridade e você sabe até onde dá para ir, ou até onde vai para dar, não tem crise para quem é solteiro. Afinal, você é solteiro, quem é comprometido é ele, tudo é consentido e entre maiores de idade e depois do suspiro profundo do orgasmo você continua não precisando dar satisfação (até porque já deu, já satisfez). Mas nem sempre essas pessoas pensam assim e acabam fazendo um rolo na sua cabeça.Um rolo porque ao mesmo tempo em que está bem definido, claro, límpido, óbvio que só vai rolar um lerê de cama já que ele já tem namorado, nem sempre o ele da história se dá conta disso. Eu acho que é porque algumas pessoas precisam muito estar no controle da situação, e nesta situação o controle é do solteiro, convenhamos. Então tem gente que além de manter o jardim de casa quer aparar a grama do vizinho, não só visitar. E então tudo se complica.Complica porque a linha que separa o te ligar para um “boa noite” do “vem cá meu bofe gostoso” fica tão tênue que some. Aí você não sabe se embarca na onda gostosa de uma conquista sem futuro (ou não, vai saber) ou finca o pé no chão e continua nos poucos momentos intensos. Como bom capricorniano, fico com a segunda. E fico porque eu sou humano, tenho sentimentos e eles podem ser cativados por palavras doces, toques de arrepiar cada fio de pêlo e momentos divididos que batem fundo no coração mesmo que o tempo passe; os momentos de eternidade, que certa vez ouvi de uma metade dessas. Então, meu conselho, que se fosse bom eu alugaria (porque vender nessa crise tá bravo), é aproveitar cada coisa conforme seu propósito. Entrar em cada situação com tudo muito bem esclarecido. É só sexo? É sexo e papo? É sexo, papo e companhia? Vale repetir a sinceridade de dizer que é comprometido para dizer também se é só uma visita ou se vai ficar para o jantar. E dizer o que quer, com todas as letras, para eu nunca mais fazer a pergunta do título.

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