terça-feira, 6 de maio de 2008
Força sempre
Tenho descoberto que sou muito mais forte do que sempre pensei. Sempre arquei com as merdas que fiz sem pedir ajuda aos outros, sempre as consertei sozinho, mesmo que para isso tivesse que me massacrar, me privar e chorar, muito. Às vezes não acho tão bom ser assim. Penso que se tivesse tido uma criação mais no colinho da mamãe seria uma pessoa mais sensível, menos indiferente a tudo.
Fiquei auto-suficiente demais por ter enfrentado sozinho muita coisa na minha vida. Tive que amadurecer muito rápido por circunstâncias que fugiam à faixa de idade na qual eu estava. Decidi a separação de meus pais por não suportar mais os dois se espezinhando e segurei a barra da minha mãe na ocasião. Não foi fácil para uma mulher que foi educada para casar ver seu lar se desfazer assim, desse modo, ainda mais depois de suportar tantas traições, algumas vistas por mim também.
E assim eu cresci, dando valor às coisas importantes da vida como a fidelidade (pode ser trauma de infância, deve ser), a verdade, a moral e a ética. Hombridade, honra e respeito foram coroados em mim no Exército, porque, para quem não se lembra, até lá eu fui parar (meu primeiro texto desse blog foi sobre isso). Trabalho desde muito cedo e colocar um coturno e uma farda para rastejar na lama foi fichinha (sempre cheirando Calvin Klein, diga-se de passagem).
Quando olho para trás e lembro disso e das outras coisas (que não cabem aqui, não sou tão aberto assim), percebo que a vida foi, ao mesmo tempo, me endurecendo e me tornando mais humano. Pode parecer paradoxal, mas eu explico: fiquei protegido contra as pessoas por ter me conhecido muito bem e ter também desenvolvido opiniões muito fortes e certezas quase inabaláveis.
Meu lado humano me faz escrever o quase, porque aprendi também que sempre é hora de mudar, desde que seja sempre para melhor. E tenho mudado muito, de casa, emprego, menos de opiniões. Continuo sendo eu mesmo, continuo buscando verdades para a minha vida e continuo tirando do meu caminho pessoas que não valem nem um grão de feijão estragado.
Nem sei porque estou escrevendo tudo isso, sei lá, comecei a pensar nisso na hora do almoço e decidi que tinha que materializar esses pensamentos. Tanta coisa que eu penso e se perde na poeira do tempo (isso é uma música, eu acho)... tantas idéias... tantas dores...
Hélio - Hélio |19:11 hs comentários[0].
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terça-feira, 6 de maio de 2008
Força sempre
Tenho descoberto que sou muito mais forte do que sempre pensei. Sempre arquei com as merdas que fiz sem pedir ajuda aos outros, sempre as consertei sozinho, mesmo que para isso tivesse que me massacrar, me privar e chorar, muito. Às vezes não acho tão bom ser assim. Penso que se tivesse tido uma criação mais no colinho da mamãe seria uma pessoa mais sensível, menos indiferente a tudo.
Fiquei auto-suficiente demais por ter enfrentado sozinho muita coisa na minha vida. Tive que amadurecer muito rápido por circunstâncias que fugiam à faixa de idade na qual eu estava. Decidi a separação de meus pais por não suportar mais os dois se espezinhando e segurei a barra da minha mãe na ocasião. Não foi fácil para uma mulher que foi educada para casar ver seu lar se desfazer assim, desse modo, ainda mais depois de suportar tantas traições, algumas vistas por mim também.
E assim eu cresci, dando valor às coisas importantes da vida como a fidelidade (pode ser trauma de infância, deve ser), a verdade, a moral e a ética. Hombridade, honra e respeito foram coroados em mim no Exército, porque, para quem não se lembra, até lá eu fui parar (meu primeiro texto desse blog foi sobre isso). Trabalho desde muito cedo e colocar um coturno e uma farda para rastejar na lama foi fichinha (sempre cheirando Calvin Klein, diga-se de passagem).
Quando olho para trás e lembro disso e das outras coisas (que não cabem aqui, não sou tão aberto assim), percebo que a vida foi, ao mesmo tempo, me endurecendo e me tornando mais humano. Pode parecer paradoxal, mas eu explico: fiquei protegido contra as pessoas por ter me conhecido muito bem e ter também desenvolvido opiniões muito fortes e certezas quase inabaláveis.
Meu lado humano me faz escrever o quase, porque aprendi também que sempre é hora de mudar, desde que seja sempre para melhor. E tenho mudado muito, de casa, emprego, menos de opiniões. Continuo sendo eu mesmo, continuo buscando verdades para a minha vida e continuo tirando do meu caminho pessoas que não valem nem um grão de feijão estragado.
Nem sei porque estou escrevendo tudo isso, sei lá, comecei a pensar nisso na hora do almoço e decidi que tinha que materializar esses pensamentos. Tanta coisa que eu penso e se perde na poeira do tempo (isso é uma música, eu acho)... tantas idéias... tantas dores...
Hélio - Hélio |18:45 hs comentários[0].
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terça-feira, 6 de maio de 2008
Força sempre
Tenho descoberto que sou muito mais forte do que sempre pensei. Sempre arquei com as merdas que fiz sem pedir ajuda aos outros, sempre as consertei sozinho, mesmo que para isso tivesse que me massacrar, me privar e chorar, muito. Às vezes não acho tão bom ser assim. Penso que se tivesse tido uma criação mais no colinho da mamãe seria uma pessoa mais sensível, menos indiferente a tudo.
Fiquei auto-suficiente demais por ter enfrentado sozinho muita coisa na minha vida. Tive que amadurecer muito rápido por circunstâncias que fugiam à faixa de idade na qual eu estava. Decidi a separação de meus pais por não suportar mais os dois se espezinhando e segurei a barra da minha mãe na ocasião. Não foi fácil para uma mulher que foi educada para casar ver seu lar se desfazer assim, desse modo, ainda mais depois de suportar tantas traições, algumas vistas por mim também.
E assim eu cresci, dando valor às coisas importantes da vida como a fidelidade (pode ser trauma de infância, deve ser), a verdade, a moral e a ética. Hombridade, honra e respeito foram coroados em mim no Exército, porque, para quem não se lembra, até lá eu fui parar (meu primeiro texto desse blog foi sobre isso). Trabalho desde muito cedo e colocar um coturno e uma farda para rastejar na lama foi fichinha (sempre cheirando Calvin Klein, diga-se de passagem).
Quando olho para trás e lembro disso e das outras coisas (que não cabem aqui, não sou tão aberto assim), percebo que a vida foi, ao mesmo tempo, me endurecendo e me tornando mais humano. Pode parecer paradoxal, mas eu explico: fiquei protegido contra as pessoas por ter me conhecido muito bem e ter também desenvolvido opiniões muito fortes e certezas quase inabaláveis.
Meu lado humano me faz escrever o quase, porque aprendi também que sempre é hora de mudar, desde que seja sempre para melhor. E tenho mudado muito, de casa, emprego, menos de opiniões. Continuo sendo eu mesmo, continuo buscando verdades para a minha vida e continuo tirando do meu caminho pessoas que não valem nem um grão de feijão estragado.
Nem sei porque estou escrevendo tudo isso, sei lá, comecei a pensar nisso na hora do almoço e decidi que tinha que materializar esses pensamentos. Tanta coisa que eu penso e se perde na poeira do tempo (isso é uma música, eu acho)... tantas idéias... tantas dores...
Hélio - Hélio |18:43 hs comentários[0].
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quarta-feira, 23 de abril de 2008
Musicalmente
A única banda de reggae que eu gosto. O único reggae que eu gosto. Adorei a letra dessa música.
Naticongo
Natiruts
Composição: Natiruts
Tinha a coragem e a calma de um Rei
Os mais ferozes males enfrentou
Seus inimigos não puderam ver
Segredos da sua força contra a dor, e
Seus olhos liam além do amanhecer
Suas palavras transformavam leis
Todos queriam ser como ele foi
Ninguém sabia que era infeliz
Queria saber (queria saber)
Que faltava então ?
Não queria viver (não queria viver)
Com essa dor no coração
Pois até um rei
Despeja lágrimas por não ter o seu grande amor
Queria saber se é bom ou ruim
Ter uma flor tão linda assim
Com o azul do céu e o brilho do mar
E olhos de mel pra iluminar
Larararara, ôôô
Se ajoelhou como servo pela primeira vez
Dizendo já sofrer demais, oi
Saber sobre os céus e a floresta não lhe foi em vão
Sem eles, não teria a paz
Pra acreditar
Queria saber se é bom ou ruim
Ter uma flor tão linda assim
Com o azul do céu e o brilho do mar
E olhos de mel pra iluminar
Larararara, ôôô
Hélio - Hélio |18:48 hs comentários[0].
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sexta-feira, 18 de abril de 2008
Afe!
E mais uma mudança. Mudei de emprego. Em menos de oito meses eu mudei de casa, Estado, estado civil, depois mudei de casa de novo, depois mudei de estado civil de novo, aí mudei de casa novamente e depois mudei de emprego. Ufa! O que vem agora? Fico no aguardo.
Estou gostando do me novo emprego. Já é a segunda semana e os dias voltaram a passar rápido demais. Adoro a correria do jornalismo online, adoro ter muitas pautas, chegar em casa cansado e nem ver que a sexta-feira já está aí, aqui, no caso de hoje. Minha vida estava meio parada demais. Sempre fiz várias coisas ao mesmo tempo. Já cheguei a ter três empregos simultâneos, fazendo aulas optativas na faculdade de tarde e estudando também de noite.
Minha vida sempre foi um turbilhão de coisas, compromissos, trabalhos, pautas. Engraçado como me organizo bem no meu caos particular. Não sou de anotar muita coisa, lembretes, aniversários, mas sempre consigo me lembrar. E olha que nem tomo ginko biloba hein! Viva minha memória.
Eis-me aqui agora, nessa manhã com gosto de ontem e cheia de um sono perdido ao som de house music. Nossa, preciso dormir mesmo, estou prolixamente escrevendo vários assuntos diferentes, sem conexão entre si. A conexão é a desconexão, olha que filosófico! Chega, não vou escrever mais. Beijomeliga!
Hélio - Hélio |13:04 hs comentários[0].
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segunda-feira, 7 de abril de 2008
Só comigo
Não sou muito fã do movimento surrealista, para mim, a pintura morreu no Impressionismo, salvo exceções (comprovando a regra) como Hopper e Pollock. Mas parece que, justamente por isso, minha vida têm sido surreal. Tudo bem que nunca fui uma pessoa muito normal, dentro dos padrões socialmente estabelecidos. Primeiro pela sexualidade, depois por estar destoante dentro do grupo definido por ela. Destoante em partes, na verdade todo gay, lá no fundo, é igual e o mundo da purpurina (glitter, para as metidas) se repete em todos os lugares, com menores ou maiores proporções.
Enfim, introduções desnecessárias à parte, precisava expressar e registrar em palavras nem sempre harmônicas dois, sim, dois episódios simplesmente insanos ocorridos nessa minha louca vida em menos de 24 horas (12, para ser mais exato, mesmo sendo cientista humano).
Na quinta-feira passada, por volta das 21 horas, entrava esse que vos escreve na estação do metrô Santa Cecília quando, de repente, como em um passe de mágica, surge ao lado da catraca uma senhora negra, visivelmente (até para deficientes visuais) embriagada e com as mãos abarrotadas de sacolas de diferentes cores, texturas e marcas de lojas. ?Moço! Moço!?, gritava perdida em direção a mim. Como sempre sou muito direto e prático, parecendo às vezes frio e insensível, perguntei logo de cara se ela queria um bilhete para pegar o metrô. Ela disse que sim.
Como tenho pena de bêbados (nunca sei o dia em que EU precisarei ser socorrido em minha embriaguez), ajudei aquela alma alterada pela álcool dando-lhe um bilhete. Virei, super apressado e atrasado para ver meu amigo perto do Masp, e disse que ela fosse com Deus e com cuidado. É sempre bom evitar que pessoas se joguem ou, no caso, caiam, na linha do metrô. Não que eu seja tão sensível, mas isso atrasaria minha viagem. Hum, soou frio isso, mas tudo bem.
Não contente, ela recomeçou a bradar, em voz mais alta que da primeira vez, por mim. ?Moço! Moço!?. Hum, ok, vamos dar um minuto aos carentes. Fui até ela e recebi um alcoolicamente deturpado pedido de abraço. Ah, quer saber? Foda-se, abracei a fofa e ainda me dispus a guiá-la pelas escadas até o trem. Cada passo levava uma eternidade. Era quase impossível para ela equilibrar (irônico esse verbo nesses casos) sacolas, mente, corpo e pés. Dei aquele abraço na nega e desci as escadas com ela. Enfiei, literalmente, a louca no vagão e corri para o de trás. Não, seria muita bondade acompanhá-la até Mauá, destino (poderia fazer vários trocadilhos com ?destino? nesse caso) final dela.
Entrei no metrô e olhei o mapa, por curiosidade, para ver onde ficava Mauá. Descobri que ela teria de pegar outro trem em outra estação. Pronto, passei minha viagem toda até o Masp imaginando, questionando e ironizando se ela conseguiria chegar em casa. Bom, minha parte foi feita. Não fico bem de freira, deixe isso para Madre Teresa, que Deus a tenha.
Desci na Sé e ainda dei aquela última olhadinha em quem saía do trem para ver se a louca não havia descido errado. Não, para minha tranqüilidade. Fui encontrar meu amigo, contei a história e ele disse: ?tem coisas que só acontecem com você?. Eu sei, deveria aproveitar minha pós em Jornalismo Literário para escrever um livro sobre isso.
O sol apareceu e iluminou o dia...
Acordei em uma bela sexta-feira de sedução, me arrumei para trabalhar e estava saindo de casa quando coloquei aquela música no mp3 player (ainda vou conseguir decifrar um Ipod) para começar o dia. E começou bem: James Brown, no exato momento em que liguei o aparelho, gritou ?Ahhhhhhhhhhhhh! I feel good! Ta nã nã nã nã rã nã!?. Melhor parar aqui, sou péssimo para escrever sons, onomatopéia já é uma palavra complicada, enfim.
Saí de casa dançando, animadíssimo, absorto em meus pensamentos e me sentindo o próprio negão black power ícone da música negra norte-americana. Alguns tã nã nã nãs mais tarde, depois de uns 20 metros caminhados, sinto uma gelada água molhando todo meu corpo. Não, não é sexy isso, era o distraído lavador de carros do lava-jato da esquina me dando um belo banho matinal. Puta que pariu, São Paulo e Rio (parafraseando minha avó)! Não acreditei, não podia. Era demais para mim em menos de um dia.
Ok, fazer o quê nessas horas? Olhei para meu não-malhado corpo, todo encharcado, olhei para o lavador, rubro de vergonha e já esperando um esporro, lembrei que era sexta-feira, que eu estava feliz e que James Brown deixara uma herança musical maravilhosa. Tomei fôlego e soltei um sonoro ?Uhuuuuuuuuu!? no meio da rua, seguido de estrondosas gargalhadas! O lavador começou a rir também e pediu desculpas. ?Relaxa?, respondi.
Nossa, aquela esguichada de água de lava-jato tirou até minha alma do corpo. Se ainda estava um pouco sonolento, não mais, de modo algum! Adorei meu ?Uhuuuu!!!? e, confesso, adorei ter levado esse banho de água fria. Depois da fofa louca do metrô e banho de lava-jato (e eu nem sou Mariah Carey naquele clipe que não lembro o nome), o quê mais esperar desse fim de semana que nem começou direito ainda?
Só na sedução. Sigam-me os bons e destemidos, sigam-me os de bem com a vida e os desejosos por cenas surreais nos momentos mais inesperados! Viva o imprevisto hilário e a consciência de que o melhor é entrar na dança, para não segurar a criança (nossa, essa é antiga e brega!).
Beijomeliga, vou continuar ouvindo meu CD da Maysa e esperando a minissérie dela no começo do ano que vem!
Hélio - Hélio |12:17 hs comentários[0].
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quinta-feira, 27 de março de 2008
EXERCITANDO
Os textos abaixo são exercício de sala de aula da minha pós-graduação. Estou me especializando para escrever melhor aqui, para quem lê e para quem, um dia, lerá.
Três gelados em um dia quente
Em 2006 fui fazer a cobertura de um protesto de moradores em um bairro da periferia de Campo Grande. Após cinco horas embaixo de um sol, a pino, uma gentil senhora, moradora de uma das casas mais simples da rua, me ofereceu três ?geladinhos? para espantar o calor pantaneiro. Na época eu achei que aquilo era apenas uma gentileza típica de pessoas humildes. Para mim, eram três saquinhos plásticos com suco barato congelado e vendido por apenas 10 centavos cada.
A gentil senhora deixou de lado 30 centavos de seu lucro ? e ao lembrar da casa digo que fariam falta em seu orçamento ? para me fazer um agrado, espantar as largas gotas de suor que caíam da minha testa.
Hoje eu vejo que esses três geladinhos não eram um simples agrado, eram a forma mais próxima de me agradecer pela atenção, suor e paciência gastos em cinco horas de tensão observando os problemas da rua dela, do mundo dela. Sinto-me bem pensando nisso, lembrando que eu não apenas ouvi o quê precisava para minha matéria, mas também servi de testemunha de uma parcela da população cansada de ver acidentes de trânsito naquela via sem sinalização.
Meses depois o problema persistiu e um colega foi fazer a cobertura de mais um protesto. Eu já não trabalhava mais na editoria de Cidades. Esse colega chegou na redação e fez questão de me entregar dois geladinhos, já totalmente quentes devido à alta temperatura sul-mato-grossense. Quando eu perguntei o quê significava aquilo, ele respondeu que uma senhora muito simpática que vendia os refrescos havia mandado aqueles para mim. Como ela ainda lembrava de um simples repórter que não fez nada mais do que conversar com ela alguns minutos? Seria o crachá gigante que usávamos no jornal?
Lisonja e um sentimento de plenitude profissional tomaram conta de mim. Senti-me um jornalista humano, por mais que isso soe redundante, capaz de fazer seu trabalho de cobertura ao mesmo tempo em que conquistava a confiança e a simpatia de uma mulher tão desacreditada da vida. Sinto-me útil até hoje por ter despertado nela a coragem de se aproximar de seres que, para essa parte da população, mais carente, parecem inatingíveis: os repórteres, câmeras e fotógrafos da imprensa.
Tenho certeza que depois de nossas conversas e boas risadas (altas também) ela percebeu que a imprensa é que depende do povo para ter boas notícias, não o contrário. foi um experiência única perceber de frente aos dois geladinhos derretidos em cima de minha mesa na redação que eu era simpático, que podia sair do esquema viciado dos repórteres da mídia diária, aquele esquema onde só interessa a informação, a qualquer preço.
Até hoje penso em voltar ao Jardim Canguru e sentar novamente com essa senhora para conversarmos. Queria explicar tanta coisa à ela, esclarecê-la sobre ações que poderia tomar em nome do bairro. Queria agradecê-la por ter feito eu me sentir puro e especial em um mundo tão opaco e frio como o da imprensa. Sinto até o sabor dos geladinhos ao escrever esse texto, eles têm gosto de felicidade e bom papo.
A partir desse dia, decidi redobrar meu cuidado ao abordar fontes, escrever sobre a vida delas e, principalmente, aprendi a ouvir mais, seja quem for, onde estiver.
Hélio - Hélio |12:53 hs comentários[0].
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quinta-feira, 27 de março de 2008
A felicidade é uma sensação?
Felicidade é uma filosofia de vida, questão de escolha, algo maior que uma sensação. Até mesmo as situações ruins apresentam ao ser humano duas oportunidades: ou você senta e chora, ou levanta com um belo sorriso para dizer que aprendeu a lição e vai continuar rindo, feliz, mesmo que a diversão venha da própria desgraça,, e não da alheia, como é mais comum.
Decidi há tempos ser feliz, não apenas estar. Às vezes me pergunto porque tantas pessoas fazem questão de obstruir sua felicidade. Pessoas de posses, fortes candidatas aos encantamentos que a tranqüilidade material pode trazer.
Mas elas não são felizes. Por quê? Ora por esquecerem o que desperta a felicidade e ora por não fazerem questão de perder seu precioso tempo com coisas bobas, como um belo pôr-do-sol. Feliz de verdade para mim é quem se compromete a equilibrar todos os setores de sua vida, colocando-os sempre embaixo do guarda-chuva da beleza e leveza de um sorriso sincero. Se for amarelo, que seja de tabaco, o importante é ser sincero.

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